Jones

JONES
(atacante)

Nome completo: Jones Roberto Minosso
Data de nascimento: 12/8/1960
Local: Getúlio Vargas (RS)

CARREIRA:
1978-1979 - Inter de Lages-SC
1980-1981 - Internacional
1981-1982 - Operário-CG
1982 - Sport
1982 - XV de Jaú
1983 - Colorado-PR
1984 - Santo André
1984-1985 - Portuguesa
1986 - São Bento
1986 - Rio Branco-ES
1987-1988 - Ferroviária-SP
1988 - Ceará
1988-1989 - Acadêmica de Coimbra-POR
1989 - Porto-POR
1990-1991 - Inter de Lages-SC
1992 - Figueirense
1992 - Inter de Lages-SC
1993 - Operário-PR

Peregrino do futebol, o atacante Jones era um centroavante que, como muitos, se destacava em equipes de menor expressão pelo Brasil. Gaúcho de Getúlio Vargas, começou a carreira na Inter de Lages, em 1978.

Em 1980, Jones deixou Lages e retornou ao Rio Grande do Sul para defender o Internacional. Reserva no Inter, Jones começou a ter espaço a partir da metade da campanha no Brasileiro de 1980. No mesmo ano, o Inter deixou o Gauchão escapar mais uma vez.

Já em 1981, Jones permaneceu até a metade da temporada, deixando o Inter e indo para o Operário de Campo Grande. A partir daí, a carreira do atacante se tornou digna de um nômade, passando pelos quatro cantos do país.

Passou por Sport, XV de Jaú, Colorado-PR, Santo André, São Bento, Rio Branco-ES, Ferroviária-SP, Ceará, mais uma vez pelo Inter de Lages, Figueirense e Operário-PR. No exterior, defendeu a Acadêmica de Coimbra, de Portugal, na temporada 1989/1990.

Pendurou as chuteiras em 1993, se arriscando como técnico até 95, quando abandonou de vez o futebol para se dedicar à fábrica de carrocerias herdada de seu pai.

Em 99, pescava com alguns amigos em uma represa no município de Campo Belo do Sul, em Santa Catarina, quando a canoa que o transportava virou e seu pé ficou preso na rede de pesca. Jones faleceu por volta das 16h30min do dia 15 de novembro.

Jones era muito querido pela população de Lages, especialmente pela torcida do Inter local. A cidade de Lages possui um ginásio com o nome do atleta, em homenagem às alegrias que Jones Roberto Minosso proporcionou à cidade.

Sadi

SADI
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Sadi Schwerdt
Data de nascimento: 15/12/1942
Local: Arroio dos Ratos (RS)

1961 - Internacional
1962 - Atlético-PR
1963-1970 - Internacional
1971 - Corinthians
1972 - Internacional

Ser o capitão de um time é ser a referência no aspecto liderança. Abraçar a causa nos tempos conturbados de um clube é responsabilidade ainda maior. O lateral-esquerdo Sadi matou no peito a responsabilidade e foi notável e honrado enquanto usou a camisa vermelha.

Nascido em Arroio dos Ratos, Sadi foi formado nas categorias de base do Internacional, assinando o primeiro contrato profissional em 1961. Lateral habilidoso, também jogava com ótimo desempenho na zaga.

Foi emprestado ao Atlético-PR para adquirir experiência e retornou ao Internacional em 63. Sadi, um jogador frio, era lembrado por não comemorar os seus gols, tamanha sua frieza. A carreira do lateral foi marcada por glórias, polêmicas e desventuras formadas por terceiros, além da constante luta pela quebra da hegemonia tricolor no estado.

Em 1965, Sadi recebeu a primeira convocação para a Seleção, mas jogou por cinco anos com um caroço na coxa, sem que o departamento médico do Internacional conseguisse uma operação para o jogador. Depois de uma excelente campanha no Robertão de 1967, Sadi foi convocado para a Seleção mais uma vez. 

Em julho de 1968, Sadi entrou no lugar de Rildo na vitória brasileira por 2 a 0 diante do Uruguai. O lateral gaúcho marcou seu primeiro e único gol com a amarelinha, mas a sua felicidade isolada o lembrava de que seria preterido pelos dirigentes da CBD. A preferência era por atletas do eixo RJ-SP.

No início de uma partida contra o Santos, de Pelé, Sadi sentiu uma distensão aos 8 minutos de jogo e deixou a partida. Dias depois, fraturou o pé numa dividida em um jogo contra o Flamengo. No mesmo ano, foi acusado pela diretoria de chefiar um complô contra o técnico Oswaldo Rolla, desmentido pelo lateral.

A partir de 69, Sadi foi mais uma vítima evidente dos Mandarins. Daltro Menezes tirou Sadi do posto de capitão após receber uma avaliação psicológica, até hoje não muito esclarecida. Na briga do Gre-Nal de inauguração do Beira-Rio, Sadi teve um músculo rompido e ficou quase todo o ano de 1970 no departamento médico.

Era o que Daltro, técnico contratado a mando dos Mandarins precisava. Sadi perdeu espaço para Jorge Andrade e outro jovem lateral estava a caminho: Vacaria. O lateral-esquerdo deixou o Internacional em 71, quando ficou oito meses no Corinthians.

Retornou ao Internacional em 1972, a fim de ter mais uma chance. Porém, um acidente envolvendo o carro de Sadi e um caminhão ocasionou em uma fratura na perna. Quatro meses depois, a fratura cedeu em seu primeiro treino. Sadi não tinha opção a não ser encerrar a carreira.

Bicampeão gaúcho nos anos de 69 e 70, Sadi foi mais um grande atleta prejudicado por questões políticas dentro do Internacional.

Bráulio

BRÁULIO
(meia)

Nome completo: Bráulio Barbosa de Lima
Data de nascimento: 4/8/1948
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1965-1973
Internacional
1973
Coritiba
1974
Internacional
1974-1976
América-RJ
1977-1978
Botafogo
1979
Coritiba
1979-1981
Universidad de Chile-CHI

Enquanto o Rolo Compressor desfilava nos gramados dos Eucaliptos, um jovem garoto se deslumbrava com a magia que a camisa vermelha ostentava em seus tempos áureos, em meados das décadas de 40 e 50. Bráulio, um autêntico colorado, não tinha outra alegria a não ser torcer pelo Internacional.
Aos 15 anos, o compenetrado Bráulio passou a integrar o time infanto-juvenil do Inter, sendo promovido aos profissionais em 1965. O talento de Bráulio, a velocidade e a técnica impressionava o saudoso Abílio dos Reis. Bráulio tinha uma intimidade ímpar com a bola, como se ele e a redonda fossem gêmeos siameses. A imprensa gaúcha passou a chamá-lo de "Garoto de Ouro".
Mas nem mesmo o status de craque adquirido no início da carreira fez com que Bráulio tivesse unanimidade dentro do Internacional. Os Mandarins, grupo político formado por jornalistas influentes no clube, perseguiam o meia-cancha, alegando que Bráulio fugia dos adversários.
Passada a construção do Beira-Rio, fortemente apoiada pelos Mandarins, Bráulio passou a ser preterido no time titular, dando lugar a Sérgio Galocha. E nem mesmo a quebra da hegemonia tricolor que desanimava os colorados nos anos 60 fizeram com que Bráulio ganhasse espaço.
Então, Bráulio foi para o Coritiba em 73, depois de faturar o pentacampeonato gaúcho. Um ano depois, foi para o América-RJ, onde conquistou a Taça Guanabara. Jogou no Ameriquinha até 1976, ano em que o clube atravessava uma grande crise financeira.
O Botafogo tratou de contratar o meia. Defendeu o Fogão entre 1976 e 1978 e retornou ao Paraná. Em sua segunda passagem pelo Coritiba, conquistou o título paranaense. Seu último clube foi fora do Brasil foi a Universidad de Chile, onde foi campeão nacional em 1980. Pendurou as chuteiras em 1981.
Excelente profissional, Bráulio nunca sofreu uma lesão na carreira. Até hoje, o "Garoto de Ouro" é reverenciado pelo torcedor com a mesma devoção que ele mesmo tem pelo Internacional.

Edinho (1996)

EDINHO
(lateral-direito)

Nome completo: Édson José Vichetin
Data de nascimento: 5/7/1966
Local: Leme-SP

CARREIRA:
1987 - Sãocarlense
1988-1989 - União São João
1990 - Rio Preto
1991 - Democrata-GV
1992-1994 - União São João
1995 - Portuguesa
1996 - São Paulo
1996 - Internacional
1997 - Portuguesa
1998 - Inter de Limeira

O lateral-direito Edinho era um típico caipira do interior paulista: quietão e avesso a entrevistas. Lateral-direito de velocidade e de bons lançamentos, iniciou a carreira no Sãocarlense, em 1987.

No ano seguinte, se transferiu para o União São João. No time de Araras, Edinho viveu a melhor fase da história do clube. Campeão da Série C em 88, o União teve um crescimento gradativo, chegando à Série A em 1993, após uma virada de mesa que acabou fazendo um campeonato nacional com 32 clubes. Em Araras, Edinho conquistou o status de ídolo depois de cinco anos de serviços prestados, intercalando empréstimos ao Rio Preto e ao Democrata de Governador Valadares.

Se transferiu para a Portuguesa para a disputa do Paulistão. A Lusa fez ótima campanha no certame, terminando o campeonato na 3ª posição, fazendo o maior número de pontos. Edinho se destacou sendo o principal garçom do goleador Paulinho McLaren. No Brasileirão, atuou no jogo que tirou a possibilidade do Inter de disputar as semifinais do campeonato, no 1º turno.

Já em 1996, teve a primeira oportunidade em um time grande, jogando no São Paulo, treinado por Muricy Ramalho. Disputou 22 partidas pelo São Paulo, sendo campeão da Copa Master da Conmebol.

O Inter tratou de contratá-lo no segundo semestre. Edinho começou como titular com Nelsinho Baptista, conquistando o Torneio Mercosul, mas acabou perdendo a posição para César Prates e o improvisado Márcio Tigrão. 

Depois de uma sequência de resultados ruins, Edinho foi resgatado do banco de reservas pelo técnico Elias Figueroa e entrou no time na arrancada da reta final do campeonato, nas vitórias diante de Paraná, Portuguesa e Corinthians. Porém, o Inter derrapou contra o Bragantino na última rodada e perdeu a vaga.

Edinho retornou à Portuguesa em 1997, ano em que a Lusa chegou à reta final do Campeonato Brasileiro, terminando a competição na 6ª colocação. Ainda passou por times do interior paulista antes de encerrar a carreira.

Dadinho

DADINHO
(atacante)

Nome: Eduardo Soares
Data de nascimento: 17/10/1960
Local: Santo André (SP)

CARREIRA:
1978-1981
Itabuna-BA
1981
Saad-SP
1982-1986
Remo
1987
Santa Cruz
1988
Pinheiros-PR
1988
Internacional
1989
Paysandu
1990
Ceará
1991
Paysandu
1991
ABC
1992
Paysandu

A história do atacante Dadinho passa por quase todas as regiões do Brasil. Nascido no estado de São Paulo, o jogador começou a carreira no Itabuna-BA, em 1978. Lá, mostrava-se um goleador nato. Em 1981, retornou ao seu estado para defender o Saad, de São Caetano do Sul, na Série A2 do Paulistão.

Sua carreira alavancou quando partiu para o Pará defender o Remo, onde se sagrou campeão paraense em 1986. Foi artilheiro do campeonato paraense em duas ocasiões pelo Remo: 83 e 86. Dadinho é o maior artilheiro da história do Clube do Remo com 163 gols.

Em 87, foi comprado pelo Santa Cruz por 2 milhões de cruzados. Mais uma vez, não decepcionou. Acabou o campeonato estadual campeão e artilheiro da competição. No ano seguinte, Dadinho foi para o Pinheiros, um dos clubes que originou o Paraná Clube. Mais uma vez foi destaque, sendo vice-artilheiro do campeonato paranaense.

Na metade de 1988, Dadinho foi contratado ao Internacional, com o status de goleador. Dentro de campo, o atacante não vingou. Marcou apenas dois gols e perdeu espaço para um jovem atacante que viria a ser artilheiro da competição e que levaria o Inter à vice-colocação no certame: Nílson.

Depois de passar pelo Ceará, mais uma vez Dadinho foi acolhido pelo futebol paraense. Dessa vez, pelo Paysandu. Quem esperava que ele voltaria a decepcionar, viu ele ser o herói do acesso à Série A conquistado em 1991. Dadindo ainda passou pelo ABC de Natal, antes de encerrar a carreira no Paysandu, em 92.

Gainete

GAINETE
(goleiro)

Nome completo: Carlos Gainete Filho
Data de nascimento: 25/11/1940
Local: Florianópolis (SC)

CARREIRA:
1959
Paula Ramos-SC
1960-1961
Guarany-BG
1962-1964
Internacional
1965
Vasco
1966-1972
Internacional
1972-1974
Atlético-PR
1974
Atlético-RS

Grandes saltos consagram grandes goleiros. Gainete é lembrado pelos colorados até hoje pela voadora dada entre um bando de jogadores gremistas no Gre-Nal de inauguração do Beira-Rio. Aquela cena está eternizada como mais um momento em que o goleiro, frio e passional, mostrava o que significava vestir vermelho diante do rival.

Carlos Gainete, nascido em Florianópolis, começou a carreira no extinto Paula Ramos-SC, em 1958. Em 60 defendeu a Seleção Catarinense que conquistou o Campeonato Sul-Brasileiro de Seleções. O Guarany de Bagé tratou de trazer o goleiro no início da década de 60 para a disputa do Gauchão.

Veio para o Internacional em 1962, após o título estadual de 61, que antecedeu sete títulos consecutivos do Grêmio. Aos poucos, Gainete foi conquistando a torcida com a devoção mostrada ao vestir a camisa colorada. Ainda que o Grêmio tivesse a hegemonia no Rio Grande do Sul, Gainete fez parte do Internacional duas vezes vice-campeão nacional em 67 e 68, depois de ser emprestado ao Vasco em 1965.

Além da rivalidade Gre-Nal, as torcidas que lotavam Olímpico e Eucaliptos testemunharam duelos inesquecíveis entre Gainete e Alcindo, que se odiavam. O goleiro era catimbeiro e brigador, enquanto o atacante tricolor se gabava de suas conquistas. Em tempos do autêntico amor à camisa, ir ao estádio era um prato cheio.

Gainete foi o primeiro goleiro da Era Beira-Rio. Além de capitão, levava as reivindicações dos jogadores à direção. Em seus onze anos defendendo o Internacional, ganhou os dois títulos estaduais que antecederam o octacampeonato.

A dispensa de Gainete foi um tanto controversa. Depois de um amistoso contra a Seleção Francesa, ganhou uma camiseta, amarela, mas de golas azuis. O diretor de futebol do Internacional, Gildo Russowski, vetou a camisa e mandou o goleiro embora do Beira-Rio.

Gainete ainda passou por Atlético-PR e Atlético de Carazinho, antes de pendurar as luvas e se dedicar à carreira de treinador. Teve ainda mais duas passagens pela casamata colorada em 77-78 e 88.

Nélson Bertolazzi

NÉLSON BERTOLAZZI
(atacante)

Nome completo: Nélson Antônio Bertolazzi
Data de nascimento: 16/6/1966
Local: Ribeirão Preto (SP)

CARREIRA:
1986 - Botafogo-SP
1986-1989 - Boavista-POR
1989-1990 - Internacional
1991-1992 - Boavista-POR
1992 - Botafogo-SP
1992-1994 - Boavista-POR
1994-1995 - União Leiria-POR
1996 - Boavista-POR
1996 - Rio Branco-SP
1996 - Portuguesa
1997 - Bragantino
1997-1998 - Inter de Limeira
1998 - América-SP
1999 - Paysandu
2000 - Anápolis

Alguns jogadores começam bem a carreira, vão para o exterior e voltam com o futebol em baixa para o Brasil. Esse é um caso muito comum no Brasil e Nélson Bertolazzi é uma prova viva que passou pelo Beira-Rio.
Irmão de Paulo Egídio, ponta que fez sucesso no Grêmio, Nélson começou a carreira no Botafogo-SP em 1986,jogando ao lado de grandes nomes do futebol brasileiro, como Mário Sérgio, Gasperín e Raí. O atacante tinha como característica a velocidade, boa técnica e chute certeiro.
Chamou a atenção dos portugueses do Boavista e partiu para Portugal ainda em 1986. Em sua primeira passagem pelo clube português, não convenceu. Acabou emprestado ao Guarani em 87 e ao Internacional em 89.
Em Porto Alegre, a fase de Nélson não foi das melhores. Futebol em baixa e poucos gols não justificaram a boa fama que adquiriu quando atuava na base do Botafogo-SP. Outro fator que influenciou o desempenho do atacante foi a debandada de metade do elenco que terminou a Libertadores na semifinal, após a eliminação diante do Olimpia. Marcou três gols em clássicos Gre-Nal. Deixou o Inter na metade de 1990, depois de fracassar no Gauchão.
A volta de Nélson em Portugal teve um êxito maior, conquistando a Supertaça Cândido de Oliveira em 1992 e ganhando a confiança da torcida de Aveiro. Entretanto, atrasos em retornos de viagem ao Brasil comprometeram a confiança dos dirigentes do Boavista, atrapalhando sua adaptaçao.
Depois de retornar de um empréstimo ao União Leiria, em 1994, Nélson deixou o Boavista em 1996, retornando ao Brasil para defender o Rio Branco-SP. Depois de um bom Paulistão, a Portuguesa tratou de levar o jogador ao Canindé para a disputa do Brasileirão. Na reserva, o atacante viu sua Lusa perder a decisão para o Grêmio.
Passou por Inter de Limeira, Bragantino, Paysandu e Anápolis-GO, onde encerrou a carreira. Atualmente, administra um posto de combustível em Guatapará, interior de São Paulo.

Navegantes 0 x 7 Internacional (Amistoso 1967)

AMISTOSO - NAVEGANTES 0 X 7 INTERNACIONAL
Data: 07/05/1967
Local: Claudino de Almeida Neves - Jaguarão (RS)
Renda: NCr$ 4.420,00
Juiz: Nede Brum Neves
Gols: Marino [2], Lambari [2], Laone, Claudiomiro e Scala (I).
NAVEGANTES: Antônio; Nei, Ernani, Chorinho e Orelhano; Barbosa e Gersiu; Ademir, Arismendi, Nogue e Darcy.
INTERNACIONAL: Gainete (Schneider); Laurício, Scala (Nitota), Pontes e Sadi (Jorge Andrade); Lambari e Élton (Bido); Marino, Bráulio (Joaquim), Claudiomiro e Dorinho (Laone). Técnico: Sérgio Moacir Torres.
Obs.: entraram no Navegantes os jogadores Edinho e Petela.

Visitando algumas páginas com a finalidade de pesquisar jogos antigos, encontrei dados de um amistoso do Internacional em um blog administrado pelo gremista Ricardo Wortmann.
Em 1967, o Major Nelson Wortmann, personalidade muito conceituada no município de Jaguarão, foi atrás de um adversário para o Navegantes inaugurar o novo estádio da cidade. Amigo de Pinheiro Borda e de Ildo Meneghetti, Wortmann convocou o Sport Club Internacional para as festividades.
Num tempo em que não se poupava jogadores nem em partidas amistosas, o Inter levou os titulares para a disputa da partida. A zona sul do estado entrou em polvorosa ao ver o escrete colorado desfilando no gramado do recém-fundado Estádio Claudino de Almeida Neves.
Mas o que importava era a alegria do povo jaguarense e a estreia de seu coliseu naquele 7 de maio de 1967, orgulho da cidade desde o final dos anos 60. Hoje em dia, a cancha abriga jogos da várzea local.

Fonte:

Laurício

LAURÍCIO
(lateral-direito)

Nome completo: Laurício Apolônio Pinto Brandão
Data de nascimento: 9/2/1943

CARREIRA:
1962-1966 - Fluminense
1966-1970 - Internacional
1971-1972 - Londrina

Os anos 60 foram complicados para o Internacional. Enquanto as atenções estavam voltadas à contrução do Gigante da Beira-Rio, o Inter assistia o Grêmio passear dentro de campo.

Com um time instável e repleto de jovens da base, o Internacional ia constantemente em busca de reforços para tentar quebrar a supremacia tricolor. E em 1966, Laurício veio à Porto Alegre vestir a camisa vermelha.

Laurício iniciou a carreira no Fluminense em 1962, sendo campeão estadual no mesmo ano. Lateral-direito de características defensivas, pouco subia ao ataque, completando uma linha de quatro zagueiros. Foi titular do Internacional nos anos de 1966 a 1968.

Disputou partidas memoráveis com o Inter durante o período em que esteve em Porto Alegre, incluindo os festejos de inauguração do Beira-Rio. Porém, com a chegada do treinador Oswaldo Rolla, ex-ídolo gremista, perdeu a titularidade na posição para Edson Madureira.

Laurício era acusado por dirigentes de "tremer" nos clássicos, especialmente quando era confrontado pelo excepcional ponta gremista Volmir. Ainda assim, o lateral disputou 12 Gre-Nais, saindo vitorioso em quatro ocasiões, perdendo duas e empatando as outras seis.

Deixou o Inter no final de 1970 depois de faturar dois títulos estaduais, em 69 e 70, e partiu para Londrina. No clube do interior paranaense, Laurício atuou ao lado dos ex-colorados Walmir Louruz e Canhoto.

Em 1972, o Londrina terminou o Campeonato Paranaense na 4ª colocação, atrás de Coritiba, Atlético e Colorado (um dos times que originou o Paraná Clube). Sendo assim, o Londrina ficou com o título de campeão do interior.

Taça São Paulo de Futebol Júnior de 1998

A maior vitrine do futebol, em se tratando de categorias de base, sem dúvida é a Taça São Paulo de Futebol Júnior. Empresários e olheiros costumam acompanhar a competição como garimpeiros em Serra Pelada. O Internacional venceu o torneio em quatro ocasiões, sendo a última em 1998.

Depois de lançar ao Brasil craques como Falcão, Paulo César Carpegiani, Dunga, Taffarel, entre outros, a expectativa era criada em torno dos jovens atletas na competição, ainda mais em tempo de vacas magras e "soluções baratas". A esperança do título estava depositada em Fabio Pinto, campeão mundial sub-17 no ano anterior.

A gurizada entrou em campo pela primeira rodada do grupo H, em Guarulhos. Com gols de Manoel e Fábio Pinto, o Internacional venceu o Rio de Janeiro, time administrado por Zico.

Na segunda rodada, o Inter precisava de uma simples vitória para seguir na competição, o que acabou não acontecendo. A derrota por 3 a 2 para o Guarulhos, time local, adiou a possibilidade de classificação do Colorado. A vitória do Guarulhos embolou o grupo, deixando todos os times com 3 pontos.

A Portuguesa, que vinha de derrota para o Rio de Janeiro, enfrentaria o Inter decidindo vaga na segunda fase. O Inter saiu perdendo no início da partida, mas Manoel garantiu a virada colorada aos 39 do primeiro tempo e aos 45 do segundo tempo. Rio de Janeiro e Internacional, respectivamente, se classificaram para as oitavas-de-final.

O adversário colorado nas oitavas-de-final seria o Santos de Adiel e Rodrigão. Em 3 partidas, o Peixe anotou 15 gols. E, mais uma vez, brilhou a estrela do atacante Manoel em Guarulhos. Aos 45 minutos do segundo tempo, ele classificou o Internacional às quartas.

No caminho colorado, a Desportiva, que eliminou nada menos que o Corinthians na fase anterior. Com muito drama, o Inter superou a zebra capixaba e rumou ás semifinais. Na base da velocidade, Fábio Pinto abriu o placar aos 38 minutos. Canigia empatou para a Desportiva faltando cinco minutos para acabar a partida. Na prorrogação, Donizete, que entrou no lugar de Fábio Pinto, fez o gol da clasificação colorada.

Com o desempenho que não agradou muito diante da Desportiva, seria necessária uma cautela maior para enfrentar o Cruzeiro, tradicional adversário do Inter. No jogo mais emocionante da competição, o empate por 3 a 3 no tempo normal, com três gols de Manoel, levou a partida à prorrogação. Donizete marcou o gol que classificaria o Inter, mas o Cruzeiro buscou o empate. Um minuto depois, Scott marcou o gol que classificou o Internacional à final do torneio.

A decisão não podia ser diferente: drama e tensão. Mais uma vez, o jogo seria decidido na prorrogação. O Inter tomou a iniciativa e abriu o placar com Mineiro, de cabeça, após cruzamento de Alex. A Ponte Preta chegou ao empate aos 13 minutos, depois do lateral colorado Jardel ser expulso. Na decisão por pênaltis, vitória colorada por 4 a 3, sendo o atacante Manoel, artilheiro da competição com 9 gols, o batedor do gol do título.

O Inter que entrou em campo na decisão tinha: João Gabriel; Jardel, Lúcio, Ronaldo, Mineiro; Juca (Wanderson), Claiton, Diogo Rincón, Alex; Fábio Pinto (Donizete) e Manoel. Técnico: Guto Ferreira.

Desses, apenas Lúcio teve uma carreira brilhante. Os que seguiram no Inter foram vitimados pela péssima fase que o time enfrentava durante os anos seguintes. O restante virou andarilho da bola. E o celeiro de ases nunca mais fez o Inter levantar esse vôo...

Gardel

GARDEL
(zagueiro)

Nome completo: Carlos Gardel Bruno
Data de nascimento: 7/1/1955
Local: Vitória (ES)

CARREIRA:
1975 - Vasco
1975-1976 - Atlético-RS
1976-1977 - Internacional
1978-1981 - Coritiba
1981-1982 - Barcelona-EQU
1982-1983 - Coritiba
1984 - Maringá
1985 - Coritiba
1985 - Criciúma

Gardel, jogador com o mesmo nome do grande astro do tango, foi um zagueiro que passou pelo Internacional na metade dos anos 70. Iniciou nos juvenis do Vasco da Gama em 1974, levado pelo histórico dirigente Heleno Nunes.

Preterido nos profissionais do Vasco, relutou em se transferir para outro estado, até que tomou a decisão de viajar à Carazinho após receber um convite. Veio para o Rio Grande do Sul em 1975 para defender o Atlético. Em 76, passou a ser assediado por dirigentes de Grêmio e Internacional, ainda mais depois de uma excelente atuação diante do tricolor no Olímpico.

O Internacional contratou o jogador pouco antes de iniciar uma partida entre Internacional e Atlético. Alguns jogadores do Atlético não queriam que ele se queimasse por pensarem que entregaria o resultado. Gardel marcou Dario com vigor e ganhou prestígio com os dirigentes.

Teve raras oportunidades em 76, no elenco octacampeão gaúcho e bicampeão brasileiro. Com a saída de Figueroa, Gardel teve a difícil missão de substituí-lo. Acabou não vingando e ganhando fama de pipoqueiro após a derrota colorada na decisão do Gauchão de 1977.

O discreto Gardel se transferiu para o Coritiba em 78, onde teve boa passagem, conquistando o bicampeonato paranaense de 78 e 79. Foi emprestado ao Barcelona-EQU em 81 e retornou ao Coxa na metade de 82.

Depois de lidar com uma lesão que o tirou de campo por quase um ano, voltou a jogar em 83. Após um empréstimo ao Grêmio Maringá, voltou ao Coritiba em 85. Disputou algumas partidas com o time que se tornou campeão brasileiro, mas não chegou a tocar na taça. Em março daquele ano, foi para o Criciúma, onde encerrou a carreira.

Um infarto tirou a vida de Gardel em 2009, em Vitória, no Espírito Santo.

Schneider

SCHNEIDER
(goleiro)

Nome completo: Luiz Carlos Schneider
Data de nascimento: 15/5/1948
Local: Montenegro (RS)

CARREIRA:
1968-1977 - Internacional

Abílio dos Reis, sem dúvida, foi um dos maiores lançadores de talentos do Internacional. Em 1965, ele foi até o município de Montenegro trazer o jovem goleiro Schneider. No início de sua trajetória pela base do Inter, Schneider não mostrava muita confiança, mas aos poucos foi conquistando o técnico dos juvenis.

O treinador Oswaldo Rolla promoveu Schneider aos profissionais do Internacional em 1968. Instável, o goleiro acabou indo para a reserva assim que Gainete retornou de um empréstimo ao Vasco.

Schneider recuperou a titularidade e, conseqüentemente, a confiança em 1972. Em seu retorno à meta colorada, o goleiro chegou a ficar 473 minutos sem levar gols.

Entretando, a carreira do goleiro foi marcada pela irregularidade e por azares. Entre milagres e frangos, o Inter foi atrás de um goleiro para ser titular. Então, Manga se adonou da camisa 1 e Schneider não voltaria mais a ser titular.

Mesmo veterano, Manga foi o goleiro dos titulos brasileiros de 1975 e 1976 e Schneider, um coadjuvante. Em sinal de respeito, Schneider não se incomodava com a reserva, mas enfrentou problemas com fraturas nos dedos e teve que abandonar a carreira precocemente.

Depois da aposentadoria, Schneider passou a ser treinador de goleiros do Internacional, revelando ao mundo talentos como Gilmar Rinaldi e Taffarel. Apaixonado pelo Internacional, sua maior derrota aconteceu em 1999, quando faleceu em virtude de um câncer, aos 51 anos.

Armindo

ARMINDO Rubin Ceccon (lateral-direito)

Nome completo: Armindo Rubin Ceccon
Data de nascimento: 7/8/1974
Local: Cruz Alta (RS)

CARREIRA:
1993-1996 - Internacional
1997 - Honda FC-JAP
1998 - Xerez-ESP
1998-1999 - Cultural Leonesa-ESP
1999-2001 - Zamora-ESP
2001-2003 - Almería-ESP
2003-2004 - Palamós-ESP
2004-2005 - Guixols-ESP
2005-2006 - Badajoz-ESP
2006-2007 - Motril-ESP
2007-2008 - Villanueva-ESP
2008-2009 - Manchego-ESP

No início dos anos 90, o Internacional não teve o mesmo potencial de lançar grandes garotos para o Brasil e mundo afora. Armindo foi uma das pratas-da-casa que saiu do Inter para o anonimato, sem sequer adquirir o status de promessa.

Promovido aos profissionais em 1992, pouco figurava nas escalações do Internacional entre 92 e 94. Até chegar o ano de 1995 e Armindo ganhar as primeiras oportunidades entre os titulares do Internacional no Gauchão.

A fase ruim do time, afetada por constantes crises nos bastidores graças aos irmãos Záchia e sua trupe, refletia dentro do campo. Fracassos sucessivos do time ao longo do estadual levaram o Inter a fazer rodízio entre jovens e medalhões. Armindo ficou para trás, visto que César Prates abraçou bem a condição de titular na lateral-direita.

Com a contratação do lateral Ronaldo, vindo do interior paulista, Armindo virou terceira opção, perdendo ainda mais espaço. Depois de um péssimo Gauchão em 96, ficando de fora das finais, o Inter se desfez de quase meio-time.

Em 1997, o lateral foi para o Honda FC, clube que venceu a JFL no ano anterior, o equivalente ao segundo nível do futebol japonês. Terminou o campeonato na 4ª colocação.

A partir de 1998, Armindo fincou raízes na Espanha e não voltou mais ao Brasil. Por ter passaporte italiano, o jogador não ocupava vaga de estrangeiros. Defendeu Xerez, Cultural Leonesa, Zamora, Almería, Palamós, Guixols, Badajóz, Motril, Villanueva e Manchego. Conquistou o acesso à segunda divisão espanhola na temporada 01/02 pelo Almería.

Depois de encerrar a carreira, Armindo seguiu trabalhando em clubes juvenis de menor porte na Espanha. Seu único título pelo Internacional foi o Gauchão de 1994.